RÚSSIA CONSIDERA ABANDONAR MORATÓRIA DE MÍSSEIS EM MEIO A AMEAÇAS DOS EUA

A Rússia diz que pode abandonar a moratória na implantação de mísseis de médio e curto alcance, como resultado dos  programas militares desestabilizadores dos Estados Unidos na região. 

O chefe de não proliferação nuclear do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Vladimir Yermakov, disse à  agência de notícias TASS  na terça-feira que os programas militares desestabilizadores dos Estados Unidos e seus aliados têm tornado a moratória de Moscou cada vez mais frágil.

“Em particular, se a Rússia estará pronta para manter a moratória unilateral sobre a implantação de mísseis de alcance intermediário ou curto em regiões individuais dependerá dos parâmetros específicos de seu alcance”, disse ele.

“Mas, mesmo agora, podemos dizer com confiança que os programas militares desestabilizadores dos Estados Unidos e seus aliados têm tornado nossa moratória cada vez mais frágil – tanto em relação à região da Ásia-Pacífico quanto à Europa”, acrescentou Yermakov.

Os EUA suspenderam seus compromissos sob o Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF) em fevereiro de 2019, acusando a Rússia de violar deliberadamente o tratado. A Rússia fez o mesmo em resposta. 

No final daquele ano, o presidente russo, Vladimir Putin, enviou uma proposta a vários países, incluindo estados membros da OTAN, para introduzir uma moratória na implantação de mísseis de alcance intermediário e curto na Europa e em outras regiões. Os EUA, no entanto, rejeitaram a iniciativa.

Em um desenvolvimento relacionado na quarta-feira, a Força Aérea e a Marinha dos EUA realizaram um teste de lançamento de um sistema de mísseis balísticos intercontinentais Minuteman III desarmado.

O comandante da Marinha, Chris Cruise, disse que o teste do Sistema de Controle de Lançamento Aerotransportado valida a capacidade militar de atingir alvos em qualquer lugar e a qualquer momento, se o presidente considerar necessário.

Moscou também começou a usar seus novos tanques de batalha para atirar em posições ucranianas “mas eles ainda não participaram de operações de assalto direto”, a agência de notícias russa citou uma fonte próxima ao assunto na segunda-feira.

A agência de notícias Tass também citou outra fonte familiarizada com o assunto de que os riscos de um confronto militar direto entre as duas potências nucleares, Rússia e Estados Unidos, estão crescendo constantemente.

Fonte: PressTV

25/04/2023

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