TROPAS SÍRIAS ENTRAM EM CONFRONTO E EXPULSAM FORÇAS DOS EUA DE VILA EM HASAKAH, RICA EM PETRÓLEO
Soldados do governo sírio e tropas militares dos EUA se envolveram em confrontos enquanto estes últimos conduziam uma operação de lançamento aéreo na província de Hasakah, no nordeste do país, em meio ao ressentimento público pela presença de forças de ocupação no país devastado pela guerra.
A agência de notícias russa Sputnik informou que o confronto entre as tropas do exército sírio e as forças de ocupação dos EUA ocorreu ao sul da cidade de Qamishli.
O relatório acrescentou que as escaramuças eclodiram depois que as forças americanas realizaram uma operação de lançamento aéreo em uma vila controlada por tropas do governo sírio.
A emissora estatal da Síria disse que um civil perdeu a vida durante a operação de lançamento aéreo conduzida por helicópteros de ataque americanos na vila de Muluk Saray.
A rede de notícias de televisão al-Mayadeen, de língua árabe do Líbano, citando fontes informadas pedindo anonimato, identificou a vítima como Rakan Abu Hayel, um morador da vila de Tuwaimin, no interior oriental de Qamishli.
Acrescentou que 50 soldados americanos participaram da operação noturna e prenderam os familiares de Abu Hayel e várias outras pessoas durante o ataque.
Em 13 de setembro, tropas do governo sírio bloquearam um comboio militar dos EUA que tentava passar por uma comunidade na província rica em energia de Hasakah.
De acordo com um relatório publicado pela agência de notícias oficial da Síria SANA, tropas do exército sírio, posicionadas em um posto de segurança no distrito de Munsif, interceptaram o comboio de quatro veículos blindados e uma caminhonete.
As tropas americanas foram posteriormente forçadas a dar meia-volta e voltar na direção de onde vieram. Não houve relatos de confrontos ou feridos.
Moradores da vila de Tal Aswad, nos arredores da cidade de Qamishli, na província de Hasakah, impediram um comboio dos EUA de avançar na região em 21 de julho e o forçaram a recuar.
A SANA citou fontes locais dizendo que o comboio era composto por quatro veículos militares que tentaram passar por um posto de controle, mas foram forçados a retornar ao local de onde vieram.
Os militares dos EUA há muito tempo estacionam suas forças e equipamentos no nordeste da Síria, com o Pentágono alegando que a implantação visa impedir que os campos de petróleo na área caiam nas mãos de terroristas do Daesh.
Damasco, no entanto, sustenta que a implantação visa saquear os recursos naturais do país. O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, admitiu em várias ocasiões que as forças americanas estavam no país árabe por sua riqueza em petróleo.
DONALD TRUMP AFIRMA QUE MANTÉM O PETRÓLEO DA SÍRIA
Em 30 de agosto, um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China denunciou a presença ilegal de forças militares dos EUA na Síria, dizendo que o saque contínuo de Washington dos recursos energéticos e minerais do país devastado pela guerra apenas exacerbou o sofrimento do povo sírio.
“É terrível ver a escala de pilhagem dos EUA na Síria, que vem acontecendo enquanto o país tenta emergir de uma crise que se arrasta há mais de uma década e uma grave crise humanitária enfrentada por seu povo”, disse Zhao Lijian. numa conferência de imprensa regular em Pequim.
Fonte: PressTV
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