BRASIL ABRE DIÁLOGO COM AGÊNCIA INTERNACIONAL SOBRE COMBUSTÍVEL PARA SUBMARINO NUCLEAR

O Brasil iniciou discussões com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) com o objetivo de permitir o uso de combustível nuclear em um submarino, disse o chefe da agência da ONU, Rafael Grossi, nesta segunda-feira (6).

O Submarino Convencional de Propulsão Nuclear (SCPN) Álvaro Alberto é a joia da coroa do Prosub, um programa multibilionário lançado em 2008. Para a Marinha, o SCPN é o mais importante projeto tecnológico do Brasil na atualidade.

Quando pronto, significará prestígio internacional, pois apenas os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Estados Unidos, China, Rússia, França e Reino Unido), além da Índia, detêm a tecnologia. Essas seis nações também já fizeram suas bombas atômicas.

O Brasil pode ser o primeiro país a submeter à AIEA um modelo de salvaguardas tecnológicas (o mecanismo de proteção e de vistoria de componentes sensíveis) voltado a um submarino movido com combustível nuclear e armas convencionais, como torpedos de alta precisão, minas e mísseis SM 39 Exocet.

Outro acontecimento importante está relacionado à comunicação formal do Brasil para iniciar discussões com a Secretaria da (AIEA) sobre um arranjo de procedimentos especiais para o uso de material nuclear sob salvaguardas na propulsão nuclear e na operação de submarinos“, disse Grossi em uma reunião trimestral da AIEA, segundo apuração da Reuters.

A medida do governo brasileiro segue um movimento semelhante ao realizado, ano passado, pelos Estados Unidos, Reino Unido e Austrália, conhecidos pelo pacto trilateral AUKUS, com planos para que a Austrália possa adquirir submarinos nucleares.

Submarinos movidos a energia nuclear, que podem permanecer submersos e no mar por muito mais tempo do que outros submarinos, representam um desafio de proliferação particular porque operam fora do alcance dos inspetores da AIEA.

Fonte: Sputnik Brasil

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