ARGENTINA REJEITA SUPOSTA COOPERAÇÃO DOS EUA NA LUTA CONTRA A PESCA ILEGAL

O governo da Argentina decidiu não cooperar com a patrulha marítima contra a pesca ilegal proposta e iniciada no Atlântico Sul pelos Estados Unidos. A iniciativa americana saiu da proposição e se tornou realidade nesse mês de janeiro com o envio, pela Guarda Costeira dos Estados Unidos ao Atlântico Sul, do navio patrulha USCGC Stone (WML 758).
O navio chegou ao Rio de Janeiro no último dia 20 e suspendeu para o porto de Salvador no dia 23. Antes disso, porém, no dia 14 de janeiro, o navio americano participou de um exercício conhecido como “Passex” com um navio da Marinha do Brasil subordinado ao Comando do 3º Distrito Naval, que cobre o mar dos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas.
O exercício demostra mais uma vez que o alinhamento automático proposto pelo governo Bolsonaro e pelo chefe do Itamaraty, Ernesto Araújo com os Estados Unidos agrada aos americanos e não busca dialogar com o governo chinês, principal parceiro econômico do Brasil. Ao contrário, em vez de melindres o governo busca acintes.
A iniciativa dos Estados Unidos não visa a pesca ilegal realizada pelos pesqueiros de países sul-americanos, que vez por outra, invadem as águas da Zona Econômica Exclusiva (ZEE) uns dos outros, mas visa pesqueiros, principalmente, chineses, que aliás frequentam as águas argentinas e são repelidos com rigor pela Armada do país.
Por outro lado, a atitude argentina demostra, que o governo Alberto Fernández é mais sábio que o governo Bolsonaro e não quer indispor-se com os chineses, mas busca resolver esse problema no nível diplomático.
Em um decisão carregada de autonomia o Uruguai, que atualmente é governado por um presidente de direita, recusou como a Argentina não autorizar o navio dos Estados Unidos patrulhar a ZEE do país, mesmo após o país ter receido oferta americana de doação de navios patrulha usados.
Por Graan Barros
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