SU-57 É VISTO PELA PRIMEIRA VEZ COM BLOQUEADOR DE RADAR NA ENTRADA DA TURBINA

O Site “The Avionist” ecoou as primeiras imagens do que seria o bloqueador de radar na entrada de ar do caça de 5ª geração russo, SU-57. O projeto foi desenvolvido pela UMPO e pela “National Reserch Tecnology University” ainda em 2013, mas nunca observado em nenhum dos protótipos do caça e nem na produção em série, fato que atraiu críticas de especialistas que questionaram a capacidade do SU-57 em absorver a radiação frontal e consequentemente, de ser furtivo em taxas parecidas com o F-22 “Raptor” da Força Aérea dos Estados Unidos.

Agora, algumas fotos divulgadas por algumas contas do Twitter, entre elas, a “@SlavatheTurd” exibem a parte interior da entrada de ar do SU-57 e, consequentemente o “bloqueador de radar”. O formato da entrada é em S, também chamada de S-Duct, o que em tese, reduziria a reflexão radar, já que impediria que as lâminas do motor de rebater as ondas radar.

Para quem não sabe a tecnologia “stealth” ou furtiva baseia-se em projetar aeronaves, navios etc., com superfícies que absorvem as ondas de radar vindas do inimigo, transformando-as em calor residual e refletindo as ondas remanescentes em uma direção diferente a da origem, impedindo o cálculo de emissão e recepção. Os materiais utilizados para a absorção são chamados de MARE (Materiais Absorvedores de Radiação Eletromagnética) ou RAM (em inglês).

Esse material, que pode ser uma tinta, já foi desenvolvido pelo Instituto de Pesquisas da Marinha (IpqM) para ser empregada na pintura dos submarinos classe Tupi, e se mostrou eficaz, reduzindo a capacidade do radar Sea-Spray 3000 de um helicóptero Super Linx detectar o periscópio do submarino que estava revestido com a tinta, enquanto um periscópio sem o MARE foi detectado a mais ou menos 6 milhas náuticas.

Para quem não sabe, o MARE é empregado até em revestimento interno de micro-ondas que usamos em casa. O material evita que a radiação se espalhe no ambiente quando abrimos a porta do aparelho.

Voltando ao caça russo, essa notícia é de grande importância para a indústria daquele país, que recebeu recentemente, a notícia da primeira exportação do SU-57 para a Argélia. As críticas em relação a furtividade até o momento, eram minimizadas pelos sensores como o IRST e seus radares espalhados pela fuselagem, além da manobrabilidade superior, mas agora podem ser reduzidas com a confirmação da instalação do bloqueador de radar e, futuramente, com o novo motor.

Por Graan Barros

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