FAB PRECISA URGENTEMENTE DE UM VETOR DE LONGO ALCANCE

A Força Aérea Brasileira operou de 1986 a 2013 operou 4 KC137 (Boeings 707). Os mesmos tinham as funções de transporte de passageiros, tropas e Reabastecimento em Voo (REVO). O KC-137 com matrícula FAB 2401 tinha como missão também o transporte presidencial de longo curso.
Com a aposentadoria dos KC-137 a FAB teve um hiato até julho de 2016, quando pousou na base aérea do galeão no rio, um Boeing 767 com a Designação dada pela FAB C-767. Este porém foi arrendado para atender as demandas de deslocamento de tropas e cargas paras as olimpíadas de 2016. Como o 767 é um avião de longo curso, também foi usado em deslocamento do então presidente Michel Temer em 2017 para a reunião do G20 na Alemanha.
Esse Boeing 767 não realizava REVO como os KC-137. Contudo esse 767 era alugado e foi devolvido em meados de 2019. Desde então não temos um avião de grande capacidade de carga, assim como de longo alcance.
Um outro detalhe dessa questão de aviões grandes, é que a FAB nunca operou um avião de transporte de grande porte com uso exclusivamente militar. Vamos citar como exemplo o C-17.
No início de 2020 a FAB desistiu de uma licitação para alugar outro 767. Mal sabia ela o que estava por vir!
Fato que um país como o Brasil, não pode ficar sem um vetor de longo alcance e capacidade de cargas. Existem opções no mercado tanto em relação a aviões com as configurações dos KC-137 e C-767. A FAB pode operar aviões como O MRTT da Airbus (A330) ou o MMTT (767). Estes realizariam missões de REVO. Porém, e não que seja um problema, em alguns momentos tais aviões podem ser deslocados para servir a presidência da República, como acontecia com os KC-137.
Porém, esses aviões não realizam algumas missões importantes que aviões de transporte militar realizam como combate a incêndios florestais e operações de busca e salvamento. Sem falar que aviões como C-17 ou o A-400 são mais flexíveis e portanto mais rápidos para serem operados. Além dos citados acima ainda temos a opção do no Xian Y-20 um cagueiro chinês e o Kawasaki C-2.
É bem verdade que possuímos hoje um total de 4 Embraer C-390 Millennium de um total de 28. Eles são excelentes para deslocamentos dentro do Brasil, mas carregam 26 toneladas e tem um alcance de pouco menos de 3.000 km.
Se a FAB precisar carregar mais e mais longe tem que dispor de mais aviões de cargas e aviões de apoio, como ficou claro na busca de brasileiros em Wuhan (china).
A Força Aérea Brasileira tem ciência de tal limitação. E dentre as 3 forças, é sem dúvida a mais pé no chão no que tocante a aquisição de meios. Tem também muita experiência com meios de transportes dos mais variados tipos ao longo de décadas. Resta agora a conscientização das autoridades em notar que um país com dimensões continentais como o Brasil como o maior país do hemisfério sul e líder regional em nosso subcontinente precisa ter um vetor de acordo com as suas dimensões e pretensões.
Fabiano Brum
A Inglaterra ofereceu aviões Boing ao Brasil !!!!