DITADURA DE DIREITA: ARGENTINO PROCURADO POR CRIME CONTRA A HUMANIDADE É PRESO EM PARATY

Segundo a Polícia Federal, ele é um ex-oficial da Marinha Argentina, de 69 anos, que estava na lista de procurados pela Interpol. Estrangeiro também é suspeito de sequestro.

Um argentino procurado por sequestro e crime contra a humanidade foi preso na tarde de segunda-feira (11) em Paraty, na Costa Verde do Rio de Janeiro. Segundo a Polícia Federal, ele é um ex-oficial da Marinha Argentina, de 69 anos, procurado pela Interpol.

“O ex-militar argentino é suspeito de fazer parte da equipe de operações do Grupo de Tarefas da ESMA (Escola Mecânica Armada da Marinha Argentina). Na Argentina, o grupo foi responsabilizado por assassinatos de estudantes, sindicalistas e políticos de oposição, cujos corpos teriam sido jogados ao mar nos chamados ‘voos da morte’”, diz a nota da Polícia Federal.

Ele foi encontrado em um sítio na localidade conhecida como Sertão do Taquari, região isolada de Paraty, perto da Serra da Bocaina. Quando os policiais chegaram próximo à propriedade, ficaram observando e viram o argentino entrar no sítio e sair em seguida. Neste instante, os agentes o abordaram e o prenderam.

Ele foi levado para a delegacia da Polícia Federal em Angra dos Reis, cidade vizinha a Paraty. Ainda de acordo com a PF, o ex-oficial teve um pedido de prisão preventiva para “fins de extradição” expedido pela Interpol, com base em informações das autoridades argentinas.

Ele já havia sido preso em 2013, em Paraty, para ser extraditado para a Argentina. Mas, três anos depois, foi colocado em prisão domiciliar através de uma decisão judicial. Segundo a PF, em 2019, o Supremo Tribunal Federal (STF) voltou a autorizar sua extradição, mas desde então, ele estava foragido.

Fonte: G1

12.05.2020

“A última ditadura argentina (1976-1983) teve início, por meio de um golpe de Estado, em 24 de março de 1976, o qual depôs a então presidenta da República María Estela Martínez de Perón, também conhecida como Isabelita Perón. No período em que vigorou o autodenominado “Processo de Reorganização Nacional”, uma Junta Militar, composta pelas três armas das Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica), assumiu o poder e, em seguida ao golpe, indicou o general Jorge Rafael Videla para presidir o país. A partir de então, desencadeou-se um regime pautado na desindustrialização, no endividamento externo, em sua autolegitimação, na centralização do poder nas mãos dos militares, com participação direta dos civis oriundos das elites nacionais, e no Terrorismo de Estado. Durante a última ditadura argentina, além do ditador Videla (1976-1981), estiveram a frente desse processo os generais, Roberto Eduardo Viola (1981-1981), Leopoldo Galtieri (1981-1982) e Reynaldo Bignone (1982-1983). Estima-se que mais de 30 mil pessoas tenham sido mortas durante essa ditadura (SADER; JINKING, 2006).”

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