QUAL SERÁ A AERONAVE DE BUSCA DE ALVOS DO ASTROS 2020?

Durante treinamento na região de kemerovo, na Rússia, o exército russo operou a Aeronave Remotamente Pilotada (ARP), também conhecida pelo acrônimo em inglês UAV, Orlan-10 fabricado pela UAS Special Technology Center (STC) e futuramente, oferecida ao mercado brasileiro pela SIATT.

No vídeo, podemos ver o Orlan-10 realizando missões de Busca de Alvos para uma bateria de Lançadores Múltiplos de Foguetes russos Grad que têm capacidade de alvejar um alvo, que dependendo do foguete pode estar a 52 km de distância.

Sendo assim, as especificações do Orlan-10 são adequadas para as missões das baterias do sistema de saturação de área BM-21 Grad, pois pode voar durante 10 horas consecutivas e um raio de ação de 100 km, logicamente guiado por linha de visada, ou seja, ao alcance de rádio da estação de controle.

Operar ARPs para adquirir alvos é o estado da arte da artilharia de campanha e já está presente no Exército Brasileiro desde 2015 com o Exercício de Experimentação Doutrinária da Bateria de Busca de Alvos (Bia BA) conduzida pelo Comando Militar do Oeste (CMO), com o emprego do ARP de categoria 1 (HORUS FT 100).

Mas, o exército vai operar em breve, um míssil tático de cruzeiro conhecido como AV-TM 300, com alcance inicial de 300 km, então faz-se necessário a aquisição de um ARP que realize a busca de alvos em um raio muito maior e que seja controlado Beyond Line-of-Sight (BLOS) ou Além da linha de visada, por satélite.

Pela lógica, o escolhido preferencial deveria ser o VANT , Falcão da mesma Avibras que desenvolve o míssil de cruzeiro. Quando estivemos no estande da empresa na LAAD 2015 indagamos a um engenheiro da empresa se o escolhido seria mesmo o Falcão, mas a resposta foi que cabe somente ao Exército fazer as escolhas. No momento, entretanto, as informações que temos é que o Falcão seja guiado por CLOS (Command to Line of Sight), ou ao alcance da linha de visada.

Segundo Cezar Augusto Rodrigues Lima Junior em seu artigo “Busca de alvos na artilharia de campanha do Exército Brasileiro: um começo”, o ASTROS 2020 contará com uma Bia BA (Bateria de Busca de Alvos*) com duas Seções que posicionam o Sistema ASTROS e o Exército Brasileiro na condição de possuir uma visão sistêmica do campo de combate conhecido como ISTAR (Intelligence Surveillance Target Acquisiton and Reconnaissance). É o processo que integra a inteligência, vigilância, aquisição de alvos e reconhecimento de uma maneira que permite ao comandante possuir uma consciência situacional do campo de batalha para poder tomar melhores decisões.

Por Graan Barros

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