EGITO PODE NÃO RECEBER NAVIOS ALEMÃES “MEKO A200” POR CAUSA DO CASO KHASHOGGI

O contrato assinado em setembro desse ano, entre o Egito e a Alemanha, para fornecer quatro navios multipropósito MEKO A200 para a Marinha do Egito, pode não ser concluído.
Segundo fontes alemãs, a Arábia Saudita, que financia as compras bélicas egípcias congelou a venda porque o governo alemão está descontente com o possível envolvimento da alta cúpula saudita na morte brutal do jornalista do Washington Post, o também saudita Khashoggi, na embaixada da Arábia saudita na Turquia.
Com a forte suspeita de que a ordem para assassinar Khashoggi partiu do círculo de poder do príncipe herdeiro Salman, o governo Merkel decidiu congelar negócios atuais e futuros com a Arábia Saudita, incluído caças Typhoon e aeronaves de reabastecimento MRTT, deixando as autoridades sauditas irritadas. Os sauditas então, resolveram retaliar, não sendo mais os financiadores da compra de navios alemães para os egípcios.
A chanceler Angela Merkel afirmou em uma visita oficial a Praga, em 26 de outubro:
“Temos que deixar claro que, enquanto isso não for resolvido, não haverá exportações de armas para a Arábia Saudita, e garanto-lhes muito claramente isso.
A Arábia Saudita é o país árabe com mais casos de atentados aos direitos humanos. Seu regime é de orientação Sunita, Wahabista e Salafista assemelhando-se muito ao grupo terrorista Daesh (Estado Islâmico). Aliás, todos os grupos terroristas atuais, como o Boko Haram, Al-Qaeda e mesmo o Daesh, recebem apoio ou nasceram na Arábia Saudita. Entretanto, o país é ao lado de Israel o principal aliado dos Estados Unidos na região. Assim sendo, nenhuma sanção é imposta.
Por Graan Barros
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