RAZÕES PARA ATAQUE SÃO BASEADAS EM MENTIRAS E PROPAGANDA, AFIRMA EX-CONGRESSISTA DA DIREITA AMERICANA
A colaboração americana na guerra do Iêmen e o provável ataque a Síria anunciado pelo presidente Donald Trump, vêm causando controvérsia até mesmo dentro dos Estados Unidos, pois nenhum dos dois conflitos foram autorizados pelo congresso americano, sendo assim, todas as ações nestes países são consideradas inconstitucionais.
Nem mesmo políticos da direita são unânimes em aprovar o ataque ao governo sírio. O ex-congressista ultra-conservador do Texas, Ron Paul, que já disputou a Casa Branca usou a sua conta do Twitter para atacar o presidente Donald Trump e seu plano beligerante na Síria. O veterano político americano insinuou que há outros motivações, que não são o suposto ataque químico, para Donald Trump querer atacar a Síria.
Paul também lembrou dos avisos feitos há dois meses, de que os capacetes brancos em conluio com forças terroristas iriam encenar um ataque com armas químicas para culpar o governo Assad.
— Ron Paul (@RonPaul) 10 de abril de 2018
Outro político, o senador republicano pelo estado de Utah, Mike Lee compreende que o presidente Trump pode até considerar atacar a Síria, mas terá que pedir autorização ao congresso americano. A posição foi divulgada na sua conta de Twitter.
The use of chemical weapons absolutely requires a response from the United States. But if that response is going to include military force, the President of the United States should come to Congress and ask for authorization before military force is used.
— Mike Lee (@SenMikeLee) 9 de abril de 2018
A oposição também tem se posicionado contra o ataque. O senador Democrata pelo estado de Connecticut, Chris Murphy, que pediu recentemente, para ser votada uma resolução para “retirar as forças armadas dos EUA de uma guerra [Iêmen] não autorizada”, também usou o Twitter essa semana, para revelar a hipocrisia da administração Trump no trato de dois conflitos que geram uma crise humanitária sem precedentes.
Let me get this straight: we’re going to bomb Syria because Assad attacked civilians, but next door in Yemen we are eagerly participating in a bombing campaign that has killed thousands of civilians?
— Chris Murphy (@ChrisMurphyCT) 11 de abril de 2018
Há de se lembra que o suposto ataque químico contra civis foi denunciado pelo grupo terrorista wahabista “Jaysh Al Islan”, que é patrocinado pela Arábia Saudita, e que no momento da denúncia estava sendo derrotado pelo Exército Árabe Sírio. Várias de suas lideranças tentaram se render ao exército sírio, mas foram fuziladas por membros do próprio grupo.
Por Graan Barros
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