RÚSSIA ESTÁ TESTANDO O “PESO” DE SEUS AVIÕES E PILOTOS NA SÍRIA, AFIRMA OFICIAL AMERICANA

Veralinn Jamieson-150x150A vice-chefe de gabinete da força aérea para a inteligência, vigilância e reconhecimento (ISR em inglês), a tenente-general VeraLinn “Dash” Jamieson em reunião de imprensa na Associação da Força Aérea em Washington, DC avaliou as operações da Força aeroespacial da Rússia no conflito sírio.

Jamieson afirmou que diante das ações dos russos é possível verificar que houve um grande avanço por parte deles.  “Nós realmente não estamos tão à frente dos nossos adversários quanto estávamos acostumados a ser”.

Segundo Jamieson, os russos estão aproveitando o conflito na síria para aprender em situação real de guerra as táticas dos americanos. Enquanto nas últimas décadas os Estados Unidos participaram de todos as guerras no mundo, a Rússia somente esteve envolvida em conflitos domésticos, em suas ex-Repúblicas. A sua força aérea só participou de operações de ataque, mas nunca de superioridade aérea, por exemplo.

A militar também apontou o ineditismo para os russos de operações reais com munições guiadas, uso de mísseis de cruzeiro e ISR. Realmente a situação mudou porque os adversários dos EUA estão “nos observando, eles estão aprendendo com a gente, nos céus do Iraque e, especificamente ns a Síria. Realmente foi tesouro para eles verem como operamos”.

Kh-101 cruise missile separating from a Tu-160 bombe

O aprendizado militar conseguido pelos russos com o conflito na Síria deve ser considerado tão importante quanto a vitória de ter liberado o país de seus agressores internos e externos. O ganho dos pilotos então, é inigualável, com a oportunidade de poder interceptar aeronaves de 4ª e 5ª gerações operadas em situação real.

A militar afirmou que o Kremlin chegou a enviar 85% dos seus pilotos de caça para realizar missões na Síria, o que Jamieson chamou de “testar o peso de seus aviões e pilotos” em um “um campo de testes nas “… suas primeiras operações de jogo em uma arena contínua e completa.”

Lembramos dos recentes encontros aéreos envolvendo caças SU-35 de 4ª geração plus e F-22 de 5ª geração no espaço aéreo sírio que tanto criaram controvérsias. Alguns analistas europeus afirmaram que a arena a que o F-22 se submeteu era de risco para a aeronave americana, pela perda de seu principal trunfo: a furtividade.

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