CHINA ADVERTE JAPÃO PARA QUE NÃO OPERE O “F-35B” NO PORTA-HELICÓPTEROS IZUMO

A China alertou o Japão a não violar o compromisso de paz feito após a Segunda Guerra Mundial e aderir a uma política de “defesa exclusiva”, após relatos de que Tóquio planeja operar aeronaves F-35B em seu porta-helicópteros.

Tóquio está refletindo sobre uma grande mudança em sua constituição pacifista, pois busca converter seus porta-helicópteros de classe Izumo em porta-aviões, informou a mídia japonesa no início desta semana, citando fontes governamentais. O governo declaradamente quer comprar aviões de caças furtivos F-35B  com capacidade de pouso e decolagem verticais de seu principal aliado, os EUA, e opera-los na classe Izumo.

f-35b pousando

O ministro japonês da Defesa Itsunori Onodera, na terça-feira, descartou a possibilidade de adquirir F-35Bs, bem como remodelar a classe Izumo. No entanto, ele não excluiu “considerando várias alternativas”.

Pequim ainda advertiu Tóquio contra dar um passo, observando o artigo 9 da Constituição japonesa, que proíbe o país de se envolver em ações militares externas e “qualquer coisa que não seja de legítima defesa”. O Ministério das Relações Exteriores da China também disse que todos os movimentos do Japão na esfera de defesa sempre feito com um minucioso estudo  dos vizinhos da região.

“Instamos o Japão a aderir à política de” defesa exclusiva “, mantenha-se comprometidos com o caminho do desenvolvimento pacífico, [e] atue com cautela na área de segurança militar”, disse na terça-feira o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying. Ela também aconselhou Tóquio a apoiar a sua anterior postura de “força de paz” “com políticas e ações concretas”.

O Japão e a China estão envolvidos em um impasse contínuo sobre as ilhas disputadas no Mar da China Oriental, que são chamadas as Ilhas Senkaku no Japão e as Ilhas Diaoyu na China. O relatório também vem em meio à escalada da crise coreana quando Pyongyang continua seus testes de mísseis nucleares e balísticos.

Em maio, o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, apresentou um plano para fazer a primeira revisão da constituição pacifista do país, buscando legitimar a existência das Forças de Autodefesa do Japão (SDF), deixando as linhas renunciando à guerra. O documento principal do país, que está em vigor desde a derrota do Japão na Segunda Guerra Mundial, está sendo discutido pelo parlamento e ainda não está claro quando as eventuais alterações serão finalmente feitas.

Em dezembro, o governo japonês apresentou um aumento de 1,4% nos gastos militares, elevando o orçamento militar total para um recorde de 5,13 trilhões de ienes (43,66 bilhões de dólares), em meio a preocupações com potenciais ameaças da China e da Coréia do Norte.

O movimento subsequentemente desencadeou a preocupação de Pequim, que disse que Tóquio está “imaginando, exagerando e jogando em todos o tipo de ameaças que enfrenta”. A China também exigiu que o Japão divulgue seus “motivos reais”. 

Fonte: RT

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