FRACASSOS E SUCESSOS DO PROGRAMA DE MÍSSEIS NORTE-COREANO (COM VÍDEO)

Após falhas sucessivas nos lançamentos de seus mísseis balísticos, a Coreia do Norte lançou, com sucesso, dois mísseis balísticos com alcances variados em um curto período de tempo. Um desses lançamentos ocorreu no domingo e revela que os cientistas e técnicos norte-coreanos avançaram principalmente na propulsão utilizando combustível sólido em vez de líquido.

O míssil, provavelmente um KN-15 Pukguksong-2, voou por cerca de 500 Km atingindo o seu apogeu (ou altitude) em 560 km continuando sua trajetória balística até cair próximo ao Japão. Acredita-se porém, que o seu alcance seja bem maior, entre os 1200-3000 Km, mas que neste teste em especial tenha sido programado para um alcance menor. Ou seja, é um míssil de alcance intermediário, um “IRBM”.

Diferentemente do que é comentado, falhas sucessivas em lançamentos de mísseis balísticos, principalmente em nações sem tradição nessa área ou com orçamento restrito como é o caso do país asiático, são normais. Os comentários que vemos atualmente nas redes sociais e que desqualificam os esforços coreanos são procedentes na maior parte das vezes de uma briga dialética entre esquerda e direita que consome a geração atual. O que temos que ver realmente são os resultados alcançados.

Até mesmo a Rússia, país que tem forte tradição no desenvolvimento desse tipo de arma, verdadeiramente dissuasória, encontrou problemas sérios para desenvolver o míssil balístico intercontinental, o Bulava 30 (RSM-56). Lançado a partir de submarinos estratégicos e com o alcance de 9300 Km, o míssil russo foi testado dezesseis (16) vezes no período entre 2004 e 2011 e pasmem, falhou sete (7) vezes contra nove (9) sucessos.

Por Graan Barros

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