PORTA-HELICÓPTEROS DO JAPÃO DEVE PARTICIPAR DE EXERCÍCIOS NO MAR DA CHINA MERIDIONAL

A Reuters apurou que o Japão planeja enviar o porta-helicópteros JS Izumo (DDH-183) para o Mar da China Meridional em uma comissão com durará de três meses. Além das tradicionais “Passex” com países da região, o Izumo realizará exercícios com a marinha dos Estados Unidos.[1] Se não vivêssemos em um momento tão delicado, quando a China afirma ser o único país da região a ter os direitos legais de controlar o Mar da China Meridional, possivelmente acharíamos a comissão do Izumo, um exercício banal.

Não há nenhum litígio entre o Japão e a China acerca do Mar da China Meridional, mas entre os governos de Washington e Pequim há. Os dois países estão em rota de choque e ambos os lados vem agravando a situação em com ações beligerantes, como o envio de navios e aeronaves de guerra com o claro intuito de demostrar força.

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O Japão tem um histórico recente pacifista, pois após a 2º Guerra Mundial criou uma constituição que impedia as forças armadas de participarem de forças expedicionárias. Entretanto, de uns anos para cá precisou rever cláusulas desta constituição, de olho no atual status econômico e militar chinês.

A história e as Relações Internacionais são assim mesmo, dinâmicas. Tratados e acordos, assinados há mais de cinquenta anos ficam caducos e perdem o sentido para as novas gerações. E esse pensamento também vale para a China que a partir dos anos de 1990 cresceu a índices espantosos, ao ponto de sua economia praticamente se igualar a dos EUA. O seu poderio bélico também se desenvolveu muito, podendo em muitos casos ser considerado uma ameaça.

Voltando a comissão do Izumo pelo Mar da China Oriental, percebemos o quanto a Marinha do Japão tem investido em defesa. Certamente, não é o mesmo orçamento da China ou Estados Unidos, mas dá para perceber que o dinheiro é bem empregado em meios navais que serão efetivos, caso o Japão precise entrar em guerra.

O Porta-Helicópteros Izumo, na época em que foi lançado ao mar chamou a atenção da mídia mundial e principalmente chinesa, por ser um navio-aeródromo disfarçado (Segundo o Japão o navio é um Destroyer). Mas, como é de praxe a negativa do Ministério da defesa foi rápida, com um não veemente. Claro, já que a constituição naquele momento impedia do Japão de desenvolver um meio desse tipo. Mas no seu convés podem operar os novos caças de 5ª geração, F-35 que decolam e pistas curtas e pousam na vertical.

Por Graan Barros

[1]https://www.yahoo.com/news/exclusive-japan-plans-send-largest-warship-south-china-091539012.html?.tsrc=daily_mail&uh_test=2_06

Armamento: 3 × Phalanx CIWS

2 × SeaRAM CIWS

Aeronave transportada: 7 helicópteros ASW e 2 helicópteros SAR

·28 aeronaves no máximo

Fonte (armamentos): Wikipedia

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