ISRAEL AMPLIA COOPERAÇÃO ECONÔMICA E MILITAR COM VIZINHOS ÁRABES
O Jerusalem Post de ontem, noticiou que a força aérea de Israel está participando de um importante exercício liderado pelos Estados Unidos. Os outros países participantes são a Itália, Grécia e um país árabe, os Emirados Árabes. Até a aí, não daria para especular que está havendo um uma grande aproximação entre Israel e Emirados Árabes ou com qualquer um dos vizinhos árabes, pois como foi relatado muitas outras nações estão envolvidas no exercício.
Mas o jornal relembra que em 2011, os Emirados Árabes Unidos compraram US$ 300 milhões em tecnologia militar de empresas israelenses. Na área econômica foi aberta uma missão permanente do Estado Judeu em Abu Dhabi, respaldada pela Agência Internacional de Energia Renovável.

Reabertura da |embaixada de Israel no Egito
Com o Egito, país que foi derrotado por Israel na Guerra dos Seis Dias, as relações prosperaram muito nos últimos anos, culminando com a reabertura da Embaixada de Israel no país muçulmano, só interrompida em 2011, pelos distúrbios provocados pela tentativa de golpe de estado. Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro israelense assim se pronunciou sobre a reabertura da embaixada no Cairo: “Os laços entre o Egito e Israel são uma parte importante da segurança nacional de ambos os países”.[2]
Mais alvissareiras ainda são as relações com a Arábia Saudita, que apesar de não ter ainda uma missão diplomática em Israel, pode ser considerada uma aliada, diante das recentes declarações dos membros da família real saudita que controlam o país com mão de ferro há décadas. Em 2015, o milionário príncipe saudita, Al-Walid bin Talal assim se pronunciou:

Príncipe saudita, Al-Walid bin Talal
“Todos os meus irmãos e irmãs muçulmanos precisam entender que tornou-se um imperativo moral para todos os habitantes do Oriente Médio devastado pela guerra, principalmente os árabes, para que desistam de sua hostilidade absurda contra o povo judeu. Meu soberano, o rei Salman, instruiu-me a abrir um diálogo direto para a construção de laços amigáveis com os nossos vizinhos israelenses”[3]
As relações com os sauditas interessam muito a Tel Aviv, pois os dois países tem aliados em comum: Estados Unidos e Emirados Árabes e inimigos comum: Irã e Síria. É notória a participação dos sauditas no processo de desestabilização do governo de Bashar Al Assad com fornecimento de armamentos e financiamento e mesmo guerrilheiros que atravessavam a fronteira com Riad fazendo vistas grossas para a situação.
E a recíproca é verdadeira! Alguns dias atrás, publicamos aqui no blog algumas partes do pronunciamento do Ministro da Defesa de Israel em Munique, com o título: “Israel está preocupado com a Arábia Saudita…com a segurança da Arábia Saudita”, no discurso Avigdor Liberman afirmou:
“Se você me perguntar:” Qual é a maior notícia no Oriente Médio? “Eu acho que [pela] primeira vez desde 1948, o mundo árabe moderado, mundo sunita, (Arábia Saudita)* entende que a maior ameaça para eles não é Israel nem os judeus, mas o Irã”.
Alguns dias depois Netanyahu autorizou o ministro da Inteligência, Israel Katz a endossar as palavras de Liberman:
“Sim, há cooperação entre Israel e esses países, o que não pode ser discutido em detalhes”, explicou Katz. “Esta cooperação vai ser significativamente melhorada, porque os EUA vão liderá-la.O primeiro objetivo é bloquear o Irã e empurrá-lo para fora da área.”
Por Graan Barros
[1]http://www.jpost.com/Israel-News/Israel-Air-Force-launches-joint-drill-exercises-with-Arab-Greek-forces-485391
[2]http://estrategiaglobal.blog.br/2016/04/4518.html
[3]http://estrategiaglobal.blog.br/2015/07/principe-saudita-que-visitara-israel-fala-em-alianca-e-elogia-democracia-do-estado-judeu.html
Comentários Recentes