ITAGUAÍ CONSTRUÇÕES NAVAIS INTEGRA TECNOLOGIA 3D PARA CONSTRUÇÃO DE SUBMARINOS

Foto meramente ilustrativa

A Itaguaí Construções Navais – ICN, empresa com participação da Organização Odebrecht, inova em seu sistema de gestão para a fabricação e montagem de quatro submarinos convencionais, movidos à propulsão diesel-elétrica, e um com propulsão nuclear para a Marinha do Brasil. A inovação, feita no primeiro semestre deste ano, contemplou a implantação da metodologia BIM – Build Information Modeling ao SisEPC-Manufatura, sistema de gestão desenvolvido pela Odebrecht.

O BIM permite que o planejamento visual seja incorporado às atividades do sistema de gestão, refletindo os resultados da programação e execução de serviços de forma visual na maquete 3D dos submarinos, além de agregar novos conceitos de 4D (tempo) e 5D (custos). A nova funcionalidade amplia e torna mais tangível o status de todos os itens de engenharia, suprimentos e da programação e sequenciamento das atividades de fabricação e montagem, elevando significativamente a produtividade e eficiência operacional.

Com essa tecnologia, o SisEPC se destaca entre as ferramentas do mercado pois reúne uma metodologia para gerenciamento, planejamento e construção (que inclui todas as fases de engenharia e de fabricação e montagem) ao mais novo conceito mundial de planejamento visual de empreendimentos. O Build Information Modeling apoia tanto na parte de programação de serviços, realizando a corrida de insumos, materiais e equipamentos a serem fabricados/montados, quanto na identificação de interferências construtivas. Esta nova funcionalidade também foi disponibilizada para as obras e outros negócios da empresa que utilizam as demais versões do software SisEPC-Civil e Industrial.

Para Wander Claudio de Freitas, gerente de planejamento Industrial da ICN, o BIM trouxe mais agilidade, confiabilidade e visibilidade ao cronograma de construção dos submarinos. “Agora, as discussões são baseadas na visualização do sequenciamento no modelo 3D, e não mais em um cronograma de barras. As listas de pendências para viabilizar os testes de um determinado sistema ou subsistema ficaram visuais, facilitando a eliminação de riscos, lacunas de execução e a priorização das atividades”.

Idealizada pela equipe da ICN, a implantação do BIM foi realizada pelo time de Sistemas de Engenharia da Odebrecht Engenharia e Construção Internacional – Engenharia Industrial. Segundo Evandro Rangel, Líder de TI da empresa, “o processo de melhoria contínua das ferramentas para o gerenciamento de empreendimentos nos negócios da Organização nos coloca em uma posição de destaque no mercado global, além de impactar positivamente para o aumento da nossa produtividade e eficiência operacional”.

A construção dos cinco submarinos está prevista no Programa de Desenvolvimento de Submarinos da Marinha do Brasil (PROSUB), firmado no final de 2008, como parte do Acordo Estratégico Brasil-França. A produção do SBR1, primeiro dos quatro submarinos convencionais, começou em 2010, ainda na França, com a montagem do casco resistente da proa, por meio do programa de transferência de tecnologia. Já no Brasil, a fabricação e montagem das demais seções foram iniciadas no segundo semestre de 2012. O SBR1, é o que se encontra em fase mais adiantada, com avanço físico de cerca de 47%. O estágio atual é de conclusão da fabricação do casco resistente, pré-acabamento e início do acabamento. O SBR2 está sendo totalmente construído no Brasil e está na fase de fabricação de estruturas resistentes e não resistentes, com avanço físico de cerca de 28% do total do submarino.

O terceiro submarino, SBR3, teve seu marco inaugural em janeiro de 2015, com o corte de sua primeira chapa do casco. Assim como nos dois primeiros, as chapas que comporão o casco do SBR3 são provenientes da França. Seu avanço físico é de cerca de 12%. Já o SBR4 foi iniciado em fevereiro de 2016 e está na fase da fabricação de cavernas para o casco resistente. Seu avanço físico é de cerca de 3% do total.

Fernanda Marques

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