NOVIDADES NO PROJETO DA CORVETA TAMANDARÉ
O Seminário Naval Brasil-França foi uma parceria do Ministério da Defesa do Brasil com o Ministério da Defesa da França e FIRJAN e foi realizado no mês de maio. O evento permitiu discutir as tendências do setor naval e favorecer a troca de conhecimento e cooperação entre os dois países.
E dentro do seminário, o CMG(EN) José Luiz Rangel da Silva, apresentou através de slides, o Projeto da Corveta Tamandaré. Abaixo, vemos alguns do slides que trazem novidades e atualizam a visão geral do que conhecemos da futura classe de escoltas da Marinha do Brasil, conhecida por “Tamandaré”.
Uma novidade importante no projeto foram os requisitos da corveta terem sido submetidos as normas de uma empresa internacional, no caso a Rina Services. Com isso, a Classe Tamandaré ganhará uma espécie de ISO da construção naval, específica para navios de guerra, ou seja, um parâmetro que os futuros clientes internacionais da classe possam se basear para avaliar a Tamandaré em relação a outros projetos do mesmo tipo no mundo.
Olhando para a arte acima, podemos ver, pela primeira vez, um Sea Hawk no convoo da corveta, aeronave comprada recentemente pela nossa Marinha, mas que não pode operar nas nossas corvetas e fragatas por ser um helicóptero de tamanho médio. Enfim, conseguiram colocar um convoo e um hangarete com dimensões adequadas a esse tipo de aeronave.
Itens de segurança e conforto da tripulação também estão dentro das normas RINAMIL, como as “Safety Zones” (controle avarias e fumaça), além de uma cidadela no caso da corveta estar em um ambiente de guerra Nuclear, Biológica ou Química.
Outro ponto abordado foram os ensaios de casco que foram feitos em simuladores que recriam as condições de mar, logicamente em proporções reduzidas.
Por fim, foram apontados as principais dificuldades, que são comuns nesses tipo de projeto, já que os sistemas adotados são de fornecedores diversos e, por isso mesmo, difíceis de serem integrados. Os exemplos abaixo, se referem aos sistemas de armas adotados, como o MSS (Míssil superfície-superfície), por exemplo, e seus protocolos de comunicação.
Agora, só nos resta aguardar o batimento de quilha da primeira corveta, porém o cronograma de construção vem acompanhado do curioso termo: “tentativo”, que talvez, tenha sido usado por quem já está acostumado a ver projetos importantes como este postergados por falta de verbas.
Por Graan Barros
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