31 DE MARÇO DE 1964: DIA DA VERGONHA

Hoje, 31 de março é o dia em que é lembrado o início do golpe de 1964. Nele, o presidente democraticamente eleito João Goulart foi derrubado, jogando o país em um período de repressão que durou 20 anos e só foi encerrado com a eleição de Tancredo Neves em 1985. Muitos intelectuais, músicos e políticos foram perseguidos, mortos, ou enviados ao exílio. Na época, a repressão de extrema-direita foi apoiada por meios de comunicação como a Rede Globo de Televisão e parte de segmentos religiosos como a Igreja Católica e Protestante (Evangélica).

Em 2020, infelizmente, alguns setores da sociedade e do Exército Brasileiro tentam reescrever a história e comemoram esse dia vergonhoso, O momento da história do Brasil que deveria ser lembrado como exemplo para que não se repetisse, na verdade nos assombra novamente, com manifestações a favor, vindas do próprio presidente da República, Jair Bolsonaro. No dia de ontem, mais uma manifestação, desta vez vinda do Ministro da Defesa Fernando Azevedo e Silva que lançou uma ordem do dia em que afirmou que o golpe de 1964 “foi um marco para a democracia brasileira”.

Como afirmam os historiadores, talvez a história seja realmente cíclica e se repita, mas, pelo menos os golpistas poderiam ser mais criativos. Mas não! O Clube Militar, por exemplo, endossou uma manifestação popular contra o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal, afirmando que: “Não podemos permitir que se estabeleça um parlamentarismo branco”, ou seja, planejam dar um “contra-golpe”. É o mesmo argumento falacioso do golpe de 1964. E os atores? São os mesmos: parte dos cristãos brasileiros, principalmente, evangélicos; grandes empresários e o Exército Brasileiro.

Enfim, nada mudou e pode piorar!

Por Graan Barros

Você pode gostar...

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *