SISTEMAS INFORMATIZADOS DE APOIO DE FOGO PARTE 1 – GÊNESIS

A maioria dos obuseiros que o Exército Brasileiro possui foram projetados na segunda guerra mundial ou até antes disso. Entretanto, não quer dizer que devamos ou possamos, dado o orçamento reduzido atual, substituir todo o inventário desses armamentos. Mesmo porque há materiais como o obuseiro M56 Oto Melara [1] que ainda contam com o respeito dos militares das unidades que o operam. Possuímos até o moderno L118 Light Gun, este, é bem verdade, em pequeníssima quantidade.

Outro armamento que integra a Artilharia de Campanha na sua missão de prover apoio de fogo é o morteiro. No Exército Brasileiro os calibres adotados são os de 60, 81 e 120 mm. Todo o inventário desses três tipos de morteiro, felizmente está sendo substituído por modelos novos, desenvolvidos pelo CTEx.[2] 

 

Como vemos, esses tipos de armamentos continuam sendo empregados em qualquer exército do mundo. O que tornou-se obsoleto por completo foi a maneira de realizar a aquisição de alvos, bem como a direção e coordenação de tiro. Por isso, a indústria bélica começou a desenvolver sistemas que permitiam modernizar esses armamentos tão importantes. 

No Brasil não poderia ser diferente. A brasileira Imbel desenvolveu nos últimos anos o Gênesis, sistema de comando e controle (C2) computadorizado que permitirá otimizar e reduzir o tempo gasto desde a busca e identificação dos alvos pelos observadores avançados, passando pelo Comando, até as peças das baterias que irão realizar o tiro.[3]

Os complicados cálculos de tiro de, típicos dos obuseiros e morteiros, são feitos pela telemetria laser. Ou seja, não é necessário substituir o morteiro ou obuseiro, porque o sistema se integra perfeitamente aos meios que o exército possui atualmente. Claro, não estou considerando os aspectos de peso da peça e cadência!

Abaixo, algumas características do Gênesis. O sistema é modular, permitindo assim, organiza-lo de acordo com a necessidade:

 
O Terminal de Observação e Ligação – TOL auxilia as funções do observador avançado e oficial de ligação.
 
Consciência situacional na coordenação do Apoio de Fogo e centralização do tiro de Grupo na CCAF / Bda
Note
Computador palmar onde são recebidos pelos Comandantes e Chefes das peças as informações criptografadas na linha de tiro para a autorização de…. 
Palmar
FOGO!!!!!!!
Fogo!
Por Graan Barros

[1]http://www.ecsbdefesa.com.br/fts/ACEB.pdf

[2]http://naargrosbar.blogspot.com.br/2013/09/depois-do-120mm-ctex-conclui-o-morteiro.html

[3]Material da IMBEL

[4]http://livros01.livrosgratis.com.br/cp033031.pdf INTEGRAÇÃO E COMPOSIÇÃO DE CARACTERÍSTICAS
TRANSVERSAIS EM SISTEMAS MULTIAGENTES

Fotos: Print do vídeo “Alunos de Artilharia da EsAO realizam missões de tiro simuladas utilizando o Sistema Gênesis”

 

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