OS MODERNOS SUBMARINOS CONVENCIONAIS

Para alguns, o submarino com propulsão nuclear é simplesmente a evolução do submarino convencional, o que é verdade somente em parte. Prova disso é que atualmente, diversas nações estão desenvolvendo novas classes de submarinos convencionais com melhorias tecnológicas como o AIP, que permite aumentar o tempo de submersão.
 
Essa sempre foi à grande vantagem tática do submarino nuclear sobre o convencional. Por usar combustível nuclear ele pode permanecer quase que indefinidamente submerso, somente dependendo da capacidade da tripulação de ficar confinada em um espaço diminuto por longos períodos de tempo.
 
O convencional precisa ir periodicamente à superfície para renovar a atmosfera.  Nesse procedimento o submarino mantem-se em profundidade de periscópio, permitindo que uma estrutura chamada “snorkel” possa eliminar gás carbônico e retirar oxigênio da atmosfera. O oxigênio é elemento essencial para o funcionamento de motores a combustão, no caso, um motor a diesel que tem por função carregar várias baterias.
 
O grande problema do procedimento de “snorkel” é que expõe o submarino ao ataque de navios e aeronaves especializadas em missão antissubmarina. Os RADAREs destes, podem detectar facilmente a estrutura metálica do “snorkel” e do periscópio se projetando na superfície do oceano.
 
O Brasil solucionou em parte esse problema com pesquisas feitas na década de 90 sobre Materiais Absorvedores de Radiação Eletromagnética (MARE). Uma pintura foi desenvolvida com sucesso pelo IPqM que reduziu consideravelmente o reflexão RADAR dos periscópios dos submarinos da Classe Tupi e Tikuna da Marinha do Brasil. (Leia aqui)
 
Já a propulsão independente de ar, conhecida pela sigla em inglês (AIP), que começamos a falar no início dessa matéria, aumentou significativamente o tempo de permanência do submarino submerso. O sistema AIP utiliza células de combustível, que produzem energia pela reação do oxigênio com o hidrogênio (eletrólise). Ou seja, não há necessidade do ar da atmosfera.
 
Com o AIP um submarino pode passar mais tempo submerso, sem precisar ir à superfície. O avanço também permitiu que países com orçamentos militares mais modestos pudessem operar submarinos modernos, tão ou mais furtivos que os caríssimos submarinos nucleares operados pelos EUA, por exemplo.  
 
Graan Barros
 
 
Abaixo, alguns submarinos convencionais, atuais e futuros, com ou sem o sistema AIP:

Type 214(Coréia do Sul) AIP
A marinha da Coréia do Sul recebeu a quarta unidade em 2015, mas ainda faltam 5 outras.
 
 
Dolphin II(Alemanha) AIP
Recebido recentemente pela Marinha Israelense
 
Soryu(Japão) AIP
A Marinha do Japão recebeu em 2013 a sexta unidade das 10 planejadas.
 
 
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Kilo (Rússia)
Operados pela Rússia e pelo Vietnam
 
 

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Scòrpene (França)
Operados pela Chile, Índia, Malásia e futuramente pelo Brasil.
 



S-80 (Espanha) AIP
Em desenvolvimento



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