ESTÁGIO PREPARA MILITARES PARA MONTAGEM DE INFRAESTRUTURA DE COMBATE
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Infraestrutura modelo tem barracas climatizadas EEAR/Sgt Diniz |
Estruturas são usadas em missões de ajuda humanitária e operações em bases deslocadas
Cerca de 100 militares participam até o dia 8 de agosto do Estágio de Intendência Operacional, em Guaratinguetá (SP). A formação prática e teórica prepara aspirantes-a-oficial de intendência e sargentos de diferentes especialidades da Força Aérea Brasileira para atuarem no planejamento e na montagem da infraestrutura de operações militares ou de ajuda humanitária em todo o País e também no exterior.
O curso, organizado pela Divisão de Intendência Operacional da FAB, é realizado em uma área próxima à Escola de Especialistas da Aeronáutica (EEAR). Ao longo de 18 dias, os militares participam de oficinas, palestras e aulas teóricas. No final, o grupo fará prova e apresentará projetos de planejamento de apoio a operações.
“Aqui eles têm instruções práticas com profissionais que são operadores e planejadores do sistema de unidades celulares de intendência, que têm experiência real. Esse intercâmbio é o maior ganho”, explica a comandande do Escalão Móvel de Apoio, Major Intendente Kesia Guedes Arraes Gomes.
O espaço de acampamento-escola é considerado modelo de infraestrutura. A ideia é apresentar todo o material disponível da FAB para uso nas missões. Na área, estão montadas barracas de alojamento e descanso, sala de recreação, academia, módulos para higiene e limpeza, almoxarifado e lavanderia. As aulas teóricas são realizadas no auditório com capacidade para 100 pessoas. Os participantes contam com salas de estudo equipadas com computadores e acesso a internet wifi, além de apoio com equipe de saúde. Todas as barracas são climatizadas com ajuda de quatro geradores.
Toda a infraestrutura do espaço é pensada para a recuperação do combatente, que está longe da família e enfrentando situações difíceis e hostis do ambiente. “Numa operação real é o estresse do combate. O militar precisa encontrar o conforto para se recuperar e estar pronto para voltar a linha de frente”, explica a comandante.

Experiências reais – Na manhã desta quarta-feira (30/07), o Comandante do Hospital de Campanha da FAB (HCAMP), Major Médico Rodolfo Siqueira, apresentou as experiências em que a saúde operacional atuou com apoio da intendência operacional. A atuação no Haiti em 2010 após o terremoto que abalou o país da América Central e os 2.915 atendimentos médicos e odontológicos prestados sobre uma balsa em 2012 no Rio Negro foram alguns dos exemplos. “Vim mostrar como se configura a saúde em campanha da FAB, o que é uma unidade celular de saúde, o que é o hospital de campanha, uma ação cívico social. Porque nós somos clientes da intendência. Para planejar uma missão, eles precisam saber o efetivo que eles apoiarão”, explica o médico.
Ao falar sobre a atuação na região amazônica, cujas características do ambiente são determinantes para o planejamento logístico, o Major Rodolfo destacou a importância da interdependência entre a saúde e a intendência operacional colocadas à serviço da população brasileira. “A unidade celular de intendência de Manaus e o Hospital de Campanha montaram um hospital com ambulatório, exames complementares, farmácia numa balsa. Eles estavam nos apoiando com rancho, alojamento, água, energia. Mostrei como foi a missão”, explicou.
Para o Aspirante Joeser Soares de Carvalho, que atualmente trabalha no Quarto Comando Aéreo Regional (COMAR IV) palestras como a desta manhã são importantes para compreender como tudo funciona na prática. “Como futuros planejadores de unidades celulares de intendência, é fundamental aprender com quem vivenciou situações reais, que já sabem como fazer, ver as as dificuldades e os acertos para no futuro, quando formos acionados poder atuar da melhor maneira possível”, afirma.
Oficinas – Mesmo tendo participado desde o início na montagem do acampamento, a partir da tarde desta quarta-feira o grupo participa de oficinas sobre lavanderia, hidráulica, elétrica e montagem de barracas. Além do conhecimento teórico, todos terão a noção exata de como funciona o trabalho no dia a dia. “Aqui na unidade celular de intendência eles têm um método de operar em que não há divisão de setores. Todos estão todos aptos a trabalhar em todas as funções que envolvem a operação. A pessoa que trabalha na área de hidráulica também pode atuar na elétrica”, descreve o sargento da EEAR Carlos Henrique Pereira.
Fonte: FAB
Fonte: FAB
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