GRUPOS DE ARTILHARIA ANTIAÉREA DE AUTODEFESA DA FAB PARTICIPAM DE TREINAMENTO NO PARÁ

Escalados para realizar   a defesa antiaérea de duas cidades durante a Copa do Mundo, os dois Grupos de Artilharia Antiaérea de Autodefesa da Força Aérea Brasileira (FAB) participaram em abril do exercício Caramuru III. A operação realizada no Campo de Provas Brigadeiro Veloso (CPBV), localizado em Cachimbo no Sul do Pará, foi coordenada pelo Núcleo de Brigada de Artilharia Antiaérea de Autodefesa (NuBAAAD), sediado em Brasília.
 
Repleta de novidades, a operação teve dois objetivos principais. O primeiro foi realizar o adestramento e treinamento dos militares dos grupos. E o segundo foi homologar o lançamento do míssil IGLA-S em cenário noturno, ou seja, atestar aptidão para uso. Tal tipo de ação ainda não havia sido realizado no Brasil e o exercício Caramuru III inaugurou o lançamento noturno do míssil pelos grupos de artilharia antiaérea de autodefesa da FAB.
 
A versão mais moderna do míssil, o IGLA-S, é preparado para receber acessórios como o visor termal, um dispositivo infrared que intensifica a emissão de calor da aeronave e facilita o acompanhamento à noite. 
 
Para o Comandante do 2° GAAAD, Tenente-Coronel Claudio Bento Nascimento da Silva, a operação é fundamental. “O grupo recebeu a missão de fazer a defesa antiaérea de dois pontos na Copa do Mundo, em São Paulo e em Manaus, e os jogos serão todos à noite. E esse aparelho que também vai ser utilizado na Copa, habilita o grupo a operar à noite”, explicou.
 
Outro aspecto inédito foi a forma de lançar o alvo. As aeronaves F-5 do 1° Grupo de Caça (1°/1° GAVCA), sediado em Santa Cruz (RJ), entraram em ação. E pela primeira vez no Brasil um alvo foi lançado por um caça para em seguida ser atingido pelo míssil terra-ar.
 
O alvo utilizado foi um paraquedas iluminativo, que emite dois milhões de candela (unidade que mede a intensidade luminosa). Esse calor é suficiente para sensibilizar a cabeça de guiamento do míssil até o paraquedas iluminativo. Ele viajando na velocidade de 600 metros por segundo, atinge o alvo distante cerca de dois km em um tempo máximo de quatro segundos. 
 
O Chefe da Seção de Operações do 1° GAAAD, Major de Infantaria Nilton Sigenori Takezawa, garante que é um ganho operacional muito grande. “Hoje as Forças Aéreas de qualquer nação vão procurar sempre se basear em recursos tecnológicos para conseguir a dissuasão e para conseguir a vantagem sobre uma eventual ameaça”, afirmou.
 
CARAMURU III
  Para o Comandante do NuBAAAD, Coronel de Infantaria Luiz Marcelo Silvero Mayworm, o sucesso da operação é um motivo de felicidade. “É a primeira vez que nós fazemos um exercício sem a participação de outra Força Armada. É também a primeira vez que no Brasil nós fazemos um lançamento contra um alvo lançado por uma aeronave F-5. A gente vem acreditando e trabalhando por uma atividade nova na Força Aérea que é a defesa antiaérea”, afirma. Para ele o empenho dos militares dos dois grupos de Artilharia Antiaérea de Autodefesa é motivo de orgulho. “Sinto-me recompensado pela atuação dos meus militares”, completou.
  
O Chefe do Estado-Maior do Comando-Geral de Operações Aéreas (COMGAR), Major-Brigadeiro do Ar Antonio Carlos Moretti Bermudez,  assistiu ao lançamento dos mísseis e declarou estar satisfeito com o resultado da missão. “Os grupos de artilharia antiaérea de autodefesa estão com a responsabilidade da defesa de pontos sensíveis nos diversos eventos que temos ao longo deste ano e dos demais eventos que se seguirão. Então, o sucesso alcançado, o desempenho das equipes e todo o planejamento refletirão na missão que nos foi atribuída”, finalizou.

Fonte: FAB
 
 

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