JOSÉ MAURÍCIO BUSTANI (DIPLOMATA)

O diplomata brasileiro José Mauricio Bustani foi diretor-geral da OPAQ (Organização para a Proibição das Armas Químicas, na época da Guerra do Iraque. Bustani afirmava que o regime de Saddam Hussein havia se desfeito do seu arsenal de armas de destruição em massa, o que desfaria o principal argumento para a invasão do Iraque. 
 
O preço a ser pago por Bustani ao desafiar os interesses dos norte americanos foi grande. Os EUA desencadearam uma campanha de desmoralização do diplomata brasileiro. Entre outras coisas, incentivaram os membros da OPAQ a não pagarem suas anuidades, impedindo assim, que novas inspeções fossem feitas. No ano de 2002 finalmente conseguiram que Bustani fosse demitido.
 
A última barreira que impedia as intenções dos EUA invadir o Iraque havia sido finalmente derrubada. A guerra veio logo em seguida e prolongou-se por anos com consequências terríveis. O número de civis mortos pode ter chegado a 500.000 entre homens, mulheres e crianças! 

Fato interessante era a liberdade religiosa durante o governo do ditador Saddam Hussein. Cristãos, inclusive evangélicos, tinham ampla liberdade de culto, coisa que atualmente é inviável pelo crescente sectarismo. Basta lembrar que um dos ministros de Sadan era Católico praticante*.
* Uma das inúmeras visitas de Tariq Aziz ao Papa João Paulo II
Na época, o governo Fernando Henrique Cardoso* preferiu pouco apoiar o diplomata brasileiro. Ao invés de apoio, Bustani recebeu inúmeras críticas do Ministro das Relações Exteriores da época, Celso Laffer.

*Fernando Henrique Cardoso e George W.Bush

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