DECEA DEFINE AÇÕES PARA OPERAÇÃO DA COMUNICAÇÃO POR ENLACE DE DADOS

Tecnologia trará maior segurança nas operações no espaço aéreo continental

A CPDLC permite o envio de mensagens de texto pré-formatadas e é uma alternativa às comunicações de voz, atualmente existentes, para operações de controle do espaço aéreo e surge como um meio adicional para as comunicações entre pilotos e controladores.

“Com a melhoria do entendimento das comunicações e a inexistência de interferências e ruídos, não haverá necessidade de o controlador repetir uma autorização ou instrução. Isso poderá reduzir a carga de trabalho tanto de controladores como de pilotos, o que se traduzirá em maior segurança nas operações aéreas”, explicou o chefe do Subdepartamento de Operações do DECEA, Brigadeiro do Ar Ary Rodrigues Bertolino.

O GT CPDLC Continental é composto por engenheiros, especialistas em comunicações, controladores de tráfego aéreo e analistas de sistemas. O GT baseou sua composição, principalmente, na expertise de profissionais que já tinham trabalhado com a CPDLC no Centro de Controle de Área Atlântico (ACC-AO), área de responsabilidade do Terceiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA III), localizado em Recife.

Os estudos para implantação CPDLC Continental são realizados desde 2016. A proposta é que sua aplicação aconteça em fases pré-definidas, de forma gradual, considerando aspectos como complexidade do espaço aéreo, conjunto de mensagens, entre outros. A primeira delas, que está programada para dezembro de 2020, prevê a operação com um conjunto restrito e mais simples de mensagens, que permitirá a adaptação dos controladores de tráfego aéreo à nova ferramenta. Essa fase será realizada em uma porção do espaço aéreo que compreende partes de duas Regiões de Informação de Voo (FIR), Recife (RE) e Amazônico (AZ).

Desde 2009, esta aplicação é utilizada no Brasil, mais especificamente no Centro de Controle de Área do Atlântico (ACC-AO), juntamente com o Sistema de Vigilância Dependente Automática por Contrato (ADS-C), no qual o equipamento de bordo das aeronaves transmite informações de posicionamento do sistema de navegação.

No espaço aéreo oceânico, o uso da CPDLC, conjugado com a ADS-C, foi a solução para a melhoria das comunicações, quando comparado ao sistema de alta frequência até então utilizado de forma exclusiva. Houve aumento da consciência situacional dos controladores naquela região remota, em que a instalação de outros sistemas de comunicações e vigilância, como radar, por exemplo, não são possíveis devido à inviabilidade, custos ou aspectos técnicos.

 

Fonte: DECEA, por Gisele Bastos
Edição: Agência Força Aérea, por Tenente João Elias – Revisão: Cap Oliveira

Fotos: ICEA/DECEA

08.06.2012

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