SISTEMA PATRIOT, QUE CUSTA MILHÕES DE DÓLARES, FOI USADO PARA ABATER DRONE DE 200 DÓLARES

Uma reportagem da BBC revelou um fato curioso acontecido recentemente: Um míssil do sistema de defesa antiaérea conhecido como Patriot, desenvolvido pela Raytheon, que custa a bagatela de 3 milhões de dólares foi disparado contra um pequeno drone quadcopter.[1]

O assunto foi revelado pelo Geneneral americano, David Perkins durante simpósio militar no Alabama, EUA. Segundo o General, um dos países operadores do Patriot derrubou um quadcopter, que como ele mesmo constatou: “deve ter custado 200 dólares na Amazon”. A análise do militar foi a seguinte: “Isso funcionou, eles conseguiram, OK, e nós amamos os mísseis Patriot”…mas  “Não estou certo de que seja uma boa relação de custo benefício”. Afirmamos: lógico que não foi!

No Brasil, onde usamos a expressão: “Tentar matar uma mosca com um tiro”, tenho visto inúmeros esforços para evitar coisas do tipo. O “I Seminário de Apoio de Fogo em Ações Conjuntas” promovido pelo MD, buscou criar doutrinas que coordenem a execução do apoio de fogo. O objetivo, que ouvimos de um dos preletores, foi de criar doutrinas para operações conjuntas e evitar, por exemplo, que mais de um meio ou o meio errado seja usado para abater um determinado alvo. Claro, estou adaptando a ideia para o controle do espaço aéreo.

Ao meu ver, o operador que ousou tamanha façanha, seja a Arábia Saudita ou Kwait, que tem dinheiro para gastar com um sistema caro como esse, mas não dispõe ainda de uma boa doutrina, que evite utilizar um meio que tem capacidade de abater mísseis balísticos, para abater um pequeno drone quando o mais correto seria usar um Manpad Igla (ou similar).

O sistema Patriot é operado atualmente, em diferentes versões, pelos seguintes países: EUA, Holanda, Alemanha, Japão, Israel, Arábia Saudita, Taiwan, Grécia, Kwait, Catar, Espanha e Emirados Árabes.

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[1]http://www.bbc.com/news/technology-39277940

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