ITAMARATY ANDOU TENDO AULAS DE GROSSERIA COM A DIPLOMACIA ISRAELENSE

Em julho de 2014, o então Porta-Voz do Ministério das Relações Exteriores israelense Yagal Palmor, reagindo a um pedido de explicações do governo brasileiro sobre as ações das Forças Armadas de Israel em Gaza, esqueceu de usar a linguagem diplomática, para partir para a grosseria, afirmando que o Brasil era um anão diplomático.

As reações sobre as afirmações do porta-voz israelense foram instantâneas e não partiram apenas do Itamaraty, mas de diplomatas aposentados e da imprensa internacional, que qualificaram-nas de destemperadas e agressivas contra um país amigo.

Agora, em meio a mudança de governo no Brasil o Itamaraty, liderado por José Serra (político considerado nada hábil por seus próprios correligionários), parece ter tomado aulas com a diplomacia israelense de Yagal Palmor e partir para uma “diplomacia” de confronto, bem distante das tradições que tornaram a instituição tão respeitada no Brasil e no exterior.

Posições assim, já contagiam a Câmara dos deputados. Ontem,  o vice-presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) usou os seguintes termos para avaliar a diplomacia dos governos anteriores: “Precisamos acabar com essa palhaçada diplomática criada pelo ex-presidente Lula e continuada por Dilma. Vamos defender os países democráticos contra o populismo, o bolivarianismo e o chavismo”.

Não sendo complacente com os possíveis erros da política externa dos ex-presidentes Lula e Dilma, avaliamos que palhaçada não parece um tom adequado para ser usado para qualificar a política exterior em um dado momento. Lembramos que a Venezuela é uma nação amiga que tem uma longa tradição de cooperação militar e uma respeitável balança de comércio exterior, muito favorável ao Brasil, diga-se de passagem.

O governo atual, que é interino, precisa sopesar melhor a sua política externa, pois se com a política equivocada dos governantes anteriores mantínhamos boas relações com todos os países da América dos Sul, Central e Caribe, inclusive com a Colômbia que é governada pela direita, agora, criamos problemas com cinco países.

Por Graan Barros

Você pode gostar...