QUANDO SERÁ O PRÓXIMO COMBATE AÉREO ENVOLVENDO CAÇAS DE ISRAEL?

 
O primeiro “dogfight” ocorreu há 64 anos. Ao longo dos anos que se passaram desde então, parece que os caças praticamente desapareceram. No entanto, a IAF (Israel Defense Force) continua a preparar-se para a próxima ameaça possível.
 
O primeiro combate da era dos caças à jato ocorreu há 64 anos, durante a Guerra da Coréia quando dois caças MiG-15 da Coréia do Norte foram derrubados por aeronaves norte-americanas. Quase seis décadas se passaram desde então e parece que não haverá combates desse tipo nos céus de Israel. Em vez de lutar contra outras forças aéreas que operam caças, a IAF agora tem de lidar com organizações terroristas. No entanto, a IAF continua a preparar-se para batalhas futuras e a questão que se coloca é: quando será o próximo combate envolvendo caças de Israel?
Não tão perto
 
No passado, os combates ocorriam a curta distância, dentro do alcance visual (dogfights), e alguns pilotos comentavam que dava para ver as orelhas dos pilotos inimigos no momento do engajamento. No passado, a fim de abater um caça inimigo era necessário chegar perto da aeronave a uma distância entre dezenas ou centenas de metros, explica o tenente-coronel Guy, chefe de operações aéreas na “First Jet” esquadrão que opera os “Barak” caças (F-16C/D).
 
“Com os avanços tecnológicos e o uso dos mísseis de ar-ar e a capacidade de lança-los contra aeronaves que estão além do alcance visual (BVR), percebemos que o campo de batalha está se expandindo.”
 
“Nós desenvolvemos um míssil guiado por calor que pode derrubar um avião e nós desenvolvemos contramedidas que são supostamente para absorver o ataque de mísseis e assim por diante”, explica o tenente-coronel Guy.
 
“No passado, precisávamos voar perto da aeronave inimiga, a fim de derrubá-la e hoje a distância entre nós e os aviões inimigos está ficando maior, embora seja possível que com a adoção de novas contramedidas se imponha novamente uma arena “dogfight”. A questão é que ninguém está preparado para combater disparos de canhão”.
 
Não correr riscos
 
As organizações terroristas que lutam contra a IAF (Israel Air Force) hoje não têm capacidade aéreas para efetuar o lançamento de mísseis em direção ao território israelense. (Entretanto),”não podemos excluir qualquer cenário”, salienta o tenente-coronel Guy. “ISIS é um bom exemplo: ele assumiu uma base aérea síria que tinha caças e não é inverossímil dizer que alguém desse grupo, com experiência de voo ou até mesmo com boas capacidades de combate aérea, possa tentar pilotar um caça e usá-lo contra nós”.
 
Embora tais acontecimentos pareçam irreais e dos avanços dos esquadrões em atacar alvos terroristas, parte do treinamento regular foi mantido. “Nós não podemos correr riscos no espaço aéreo israelense”, diz o tenente-coronel Guy. “Não podemos nos permitir o risco de ver lançamento de mísseis ou caças inimigos que tentem invadir o espaço aéreo israelense. Por isso, ainda praticamos o combate aéreo”.
 
Hebraico (original): Michal Khayut
Inglês: Liran Ackerman

 

Português (adaptação): Graan Barros

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